sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

LITERATURA: William Shakespeare (Inglaterra / 1564-1616)

"Não tenho razão alguma para duelar com Cupido; ele não respeita estocadas, e as regras do duelo... ele nem mesmo as leva em consideração. O que o desgraça é ser chamado de 'menino', mas sua glória está em subjugar os homens. Adeus, coragem; pode enferrujar meu florete; quieto, tambor, que o seu dono está amando. Ajudai-me, algum deus dos versos extemporâneos: acho que vou criar um poema de amor. Concebe, cérebro; escreve, pena; estou a ponto de produzir soneto em cima de soneto."

"Nele, os olhos criam a deixa para o espírito brilhar, pois o olho vê o objeto, e o humor transforma-o em assunto de brincadeira que, em sua bela língua, clarim de sua inteligência, traduz-se em palavras tão hábeis e tão elegantes que os ouvidos de mais idade deixam de lado a sisudez para ouvir suas histórias, e os ouvidos mais novinhos deixam-se arrebatar por completo, pois é muito docemente que flui o discurso desse homem."



William Shakespeare


"E eu aqui, um mais-que-apaixonado bobalhão. Logo eu, que tanto chicoteei o Cupido; eu, o guarda sempre pronto a deter um suspiro de amor; um censor;   ...E eu a suspirar por ela, perdendo o meu sono por ela, rezando por ela! Que inferno! É uma praga que Cupido me impõe por haver menosprezado o seu todo-poderoso pavoroso pequeno poder. Pois bem, eu vou amar, escrever poesia, escrever bilhetinhos, suspirar, rezar, cortejar, gemer. Alguns homens amam a sua adorável dama, enquanto outros se contentam com qualquer Joana."

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